sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Porque no ângulo da vida eu escolhi ser a bissetriz

Estou tentando aprender com o Albertinho a ficar inteligente pero sin perder la ternura jamás, com direito a cruzadinha de perna e sandálias retrô, já que mais uma vez a minha dedicação integral ao vestibular tem impedido que a minha vaidade trabalhe. Eu, que diva nunca fui, consegui piorar brutalmente nesses últimos meses. Equilíbrio nunca foi meu forte, sempre tive a péssima mania de ignorar as outras coisas quando resolvo me dedicar a uma, o que acaba causando esse tipo de problema. E na verdade, nem vaidosa era, pelo contário. Não é a primeira vez que fico no estado que estou, já fiquei assim sem vestibular. Mas essas sutilezas que transformam a gente mudam até mesmo a nossa baranguice. Nessa fase desumana da minha vida, a auto-estima é essencial. Ser hot or not não importa muito, claro, mas se sentir bem é importantíssimo e querendo ou não, a parte física conta. E o que me preocupa nessa história toda não é estar com o cabelo ruim ou olheiras gritantes, e sim a alegria extrema e compensadora que exercícios de Física têm me proporcionado, fazendo com que eu me sinta cada dia mais nerd (no sentido ruim da coisa) e menos gatchénha, características que, aliás, andam juntas. E quando isso acontece, o jeito é largar os livros e correr pro salão porque de Einstein, só quero o amor à Física, mas apenas a dose suficiente pra ser aprovada. E a sensualidade, claroan.

3 comentários:

Madame Natasha disse...

Eu me tornei uma daquelas mulheres que só andam de tênis.
Desde que o verão acabou, sou uma mulher que só anda de tênis.
Nunca tive nenhuma pretensão de ser uma Barbie Girl.
Há muito tempo bani o rosa da minha vida.
Mas não me refiro apenas às barbies rosas.
É sempre incômodo estar esculhambada e se deparar com a vaidade alheia se esfregando na sua cara.
Aquelas meninas sempre bonitinhas, cheirosinhas, arrumadinhas, de unha francesinha e luzes nos cabelos impecavelmente lisos.
Apesar de me sentir mal perto delas, não tenho vontade de ser como elas.
Só queria largar os tênis um pouco e voltar a ser vaidosa à minha maneira, vaidades simples, sem extravagância.
Cheguei à conclusão de que isso é meio cíclico, acho que a minha vaidade (ou falta de) acompanha as estações do ano e do cabelo.

Morrerei sem experimentar o puro extâse da física.

B. disse...

Dou aula de Física pros alunos do colegial.
E também sinto falta da MINHA vaidade, nunca comparei com a vaidade alheia porque seria injusto, mas do meu jeito eu me cuidava. Hoje em dia, nem isso...
E evito certas coisas por ter essa cara meiga, se uso muito rosa e frufrus em geral, fico totalmente Sandy, o que você sabe que eu não gosto.

Lo. disse...

Ai, física!
não me lembre de física, meu corpo chega até a doer. rsrs