De uma doçura venenosa de tão funda
domingo, 5 de setembro de 2010
Deve haver um porto.
Se hoje me perguntassem o que é crescer pra mim, responderia de prontidão: "pra mim crescer é sutilmente trocar as suas desilusões antigas por ilusões novas, sucessivamente". Me ocorreu esse pensamento quando hoje, ao repensar o que era x o que sou percebi que eu não mudei muito, o que mudou foi a maneira que encaro as coisas. Sou a mesma de ontem, só mais endurecida. Perdi consideravelmente a leveza, o deslumbramento às vezes bobo pelas coisas e pelas pessoas. Até aquilo tudo que eu acreditava mais importante, perdeu o significado. Não sei dizer se a culpa é minha ou dos outros, se é que existe um culpado... Mas sempre temos essa mania de procurar a razão para a nossa desilusão antiga, e pra nossa ilusão nova, que muitas vezes já nasce com a consciência de que vai nos desiludir também. E nesse momento, estou sem as tais novas ilusões, que deveriam continuar me dando a esperança meio desajeitada que sempre levei comigo. Deve ser por isso, creio eu, que sinto como se não estivesse mais fazendo parte da minha vida. Estacionei no tempo, em algum lugar entre a realização de um sonho e a falta de sonhos novos. Dizem que são nossos sonhos que levam a gente pra frente, mas o que se pode fazer quando não se dorme mais?
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Acha feio o que é espelho
Help, I have done it again
I have been here many times before
Hurt myself again today
And, the worst part is there's no-one else to blame
I have been here many times before
Hurt myself again today
And, the worst part is there's no-one else to blame
Be my friend
Hold me, wrap me up
Unfold me
I am small
I'm needy
Warm me up
And breathe me
Hold me, wrap me up
Unfold me
I am small
I'm needy
Warm me up
And breathe me
Ouch, I have lost myself again
Lost myself and I am nowhere to be found,
Yeah I think that I might break
I've lost myself again and I feel unsafe
Lost myself and I am nowhere to be found,
Yeah I think that I might break
I've lost myself again and I feel unsafe
Be my friend
Hold me, wrap me up
Unfold me
I am small
I'm needy
Warm me up
And breathe me...
Hold me, wrap me up
Unfold me
I am small
I'm needy
Warm me up
And breathe me...
domingo, 13 de junho de 2010
Deveria estar estudando (ou namorando?), mas estou entediada na internet.
Que música do los hermanos é você?
Trazido a você por Soul Fire
Você é "Imensidão Azul" de Luc Besson. Você é sonhador, único. Muito sublime e encantador(a).
Faça você também Que
bom filme é você? Uma criação deO
Mundo Insano da Abyssinia
Qual prostituta cinematográfica você é?
Faça você também Que
gênio-louco é você? Uma criação de O Mundo Insano da Abyssinia
sábado, 5 de junho de 2010
sábado, 29 de maio de 2010
sexta-feira, 2 de abril de 2010
And be yourself it's all that you can do.
segunda-feira, 29 de março de 2010
Breath, keep breathing. Don't lose your nerve,
Ando numa fase difícil, na qual a grande dificuldade é a facilidade final de todas as coisas. Está tudo muito bem, muito bem bem bem, na verdade, raramente nos meus 20 anos as coisas fluiram tão bem e facilmente. Mas estou mudando, e de maneira expressiva. Minha dificuldade de lidar com mudanças é visível. Demorei tanto tempo pra me adaptar ao que eu era e ao que eu vivia que essa nova fase recheada de diferentes pessoas próximas e atitudes esperadas me assusta. Aos poucos tento respirar devagar e pausadamente e abstrair. O meu curso possibilita o conhecimento imenso sobre o corpo humano e todo o seu funcionamento. Estudar Medicina possibilita perceber que somos todos extremamente parecidos, composto da mesma matéria, com a mesma anatomia e fisiologia. Mas que mesmo nas maiores semelhanças, existe a diferença. E essência não se encontra em nenhum Guyton ou Sobotta.
O máximo que tenho conseguido é repetir baixinho o mais próximo de uma oração que consigo dizer e acreditar:
"Que eu não perca a capacidade de amar, de ver, de sentir.
Que eu continue alerta.
Que, se necessário, eu possa ter novamente o impulso do vôo no momento exato.
Que eu não me perca, que eu não me fira, que não me firam, que eu não fira ninguém.
Livra-me dos poços e dos becos de mim, Senhor.
Que meus olhos saibam continuar se alargando sempre!"
Amém.
O máximo que tenho conseguido é repetir baixinho o mais próximo de uma oração que consigo dizer e acreditar:
"Que eu não perca a capacidade de amar, de ver, de sentir.
Que eu continue alerta.
Que, se necessário, eu possa ter novamente o impulso do vôo no momento exato.
Que eu não me perca, que eu não me fira, que não me firam, que eu não fira ninguém.
Livra-me dos poços e dos becos de mim, Senhor.
Que meus olhos saibam continuar se alargando sempre!"
Amém.
domingo, 21 de fevereiro de 2010
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
"Frágil – você tem tanta vontade de chorar, tanta vontade de ir embora. Para que o protejam, para que sintam falta. Tanta vontade de viajar para bem longe, romper todos os laços, sem deixar endereço. Um dia mandará um cartão-postal de algum lugar improvável. Bali, Madagascar, Sumatra. Escreverá: penso em você. Deve ser bonito, mesmo melancólico, alguém que se foi pensar em você num lugar improvável como esse. Você se comove com o que não acontece, você sente frio e medo. Parado atrás da vidraça, olhando a chuva que, aos poucos começa a passar."
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
Educação sentimental
"Tá limpo. Sem ironia. Sem engano. Amanhã, depois, acontece de novo, não fecho nada, não fechamos nada, continuamos vivos e atrás da felicidade, a próxima vez vai ser ainda quem sabe mais celestial que desta, mais infernal também, pode ser, deixa pintar. Se tiver aprendido lições (amor é pedagógico?), até aproveito e não faço tanta besteira. Mas acho que amor não é cursinho pré-vestibular. Ninguém encontra seu nome no listão dos aprovados. A gente só fica assim. Parado olhando a medida do Bonfim no pulso esquerdo, lado do coração e pensando, pois é, vejam só, não me valeu."
domingo, 7 de fevereiro de 2010
- Eu acho que nós, grosseiramente, subestimamos nossas dores, em geral. Nós sempre morremos de tristeza, na verdade.
- Você quer dizer que a tristeza é colocada dentro de nós, no nascimento?
- Sim.
- Como a cor dos olhos?
- Exatamente. É por isso que necessita dos nossos cuidados, mas os outros não podem fazer nada. Ninguém pode fazer nada sobre a cor dos olhos. Além disso, acho que seria justo deixar você tomar conta do seu sofrimento sozinho.
- Você quer dizer que a tristeza é colocada dentro de nós, no nascimento?
- Sim.
- Como a cor dos olhos?
- Exatamente. É por isso que necessita dos nossos cuidados, mas os outros não podem fazer nada. Ninguém pode fazer nada sobre a cor dos olhos. Além disso, acho que seria justo deixar você tomar conta do seu sofrimento sozinho.
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
Saudades que eu gosto de ter.
Costumamos associar elementos aleatórios àquilo que vivemos com determinada pessoa, as tais lembranças. E por mais que elas costumem ser dolorosas, às vezes são totalmente reconfortantes. Ficou a lembrança dos Beatles e da minha paixão renascida por eles, da conta de telefone enorme, do ano de 1954, do show do AC/DC, do par ou ímpar, da maionese (ou salmonese) do Thomaz, e de tantas outras coisas, maiores ou menores, com mais ou menos importância. E mais do que isso, ficou a lembrança de que você me fez renascer pra mim mesma, mesmo matando a si mesmo dentro de mim depois. Obrigada por ter me feito lembrar a pessoa que eu sou, meu valor, meu jeito desastrado de rir e desafinado de cantar. Obrigada por ter me feito sair do rumo, sair do sério, sem sair de mim. Obrigada por ter sido tudo o que você foi pra mim, e agora que não temos mais lembranças pra colecionar, obrigada por sair da minha vida, como um ator que se retira do palco quando já não há mais peça, nem público, nem porque.
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
E o novo talvez.
Sempre odiei a dúvida, a indecisão, a imprecisão. Desde sempre gostei das coisas extremamente claras, e com essa necessidade insana de clareza acabava me confundindo e tornando opaco o que já estava bastante nítido. Mas por algum motivo real, cósmico, espiritual ou sei-lá-o-que, de repente começo a me contentar com o talvez. Começo a criar mecanismos que me aliviem na espera, que me tirem a impaciência da dúvida e do quase. Pode ser que amanhã esse quase se torne sim, ou se torne não. Mesmo preferindo o primeiro resultado, a sensação é de que mesmo o não vai me manter nos eixos. Porque o talvez me ensinou a ter fé, me ensinou a ter paciência, me ensinou que esperar não é se isolar do resto da vida: é viver e torcer silenciosa e delicadamente pra que o destino te encaminhe pro lugar certo.
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
Retrospectiva IV
Não se pode tentar inventá-la, mas pode esperar o tempo se encarregar de torná-la real. Obrigada, tempo.
domingo, 27 de dezembro de 2009
sábado, 26 de dezembro de 2009
Retrospectiva I
O melhor de tudo é perceber que você saiu da minha vida simplesmente porque você não se encaixa nela. Não se encaixa na alegria que eu vivo, não merece compartilhar esse momento comigo. Nem esse, nem qualquer outro.
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
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