sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Saudades que eu gosto de ter.

Costumamos associar elementos aleatórios àquilo que vivemos com determinada pessoa, as tais lembranças. E por mais que elas costumem ser dolorosas, às vezes são totalmente reconfortantes. Ficou a lembrança dos Beatles e da minha paixão renascida por eles, da conta de telefone enorme, do ano de 1954, do show do AC/DC, do par ou ímpar, da maionese (ou salmonese) do Thomaz, e de tantas outras coisas, maiores ou menores, com mais ou menos importância. E mais do que isso, ficou a lembrança de que você me fez renascer pra mim mesma, mesmo matando a si mesmo dentro de mim depois. Obrigada por ter me feito lembrar a pessoa que eu sou, meu valor, meu jeito desastrado de rir e desafinado de cantar. Obrigada por ter me feito sair do rumo, sair do sério, sem sair de mim. Obrigada por ter sido tudo o que você foi pra mim, e agora que não temos mais lembranças pra colecionar, obrigada por sair da minha vida, como um ator que se retira do palco quando já não há mais peça, nem público, nem porque.

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