segunda-feira, 1 de junho de 2009

Olhos azuis que se confundem

Contraí uma praga que me impediu de ir à aula e, graças às doses cavalares de antibiótico que venho tomando pra tentar diminuir as dores e a voz de Darth Vader, ando com um bom tempo livre largada na cama. Resolvi então ver um filme, e acabei escolhendo O Esquilo Vermelho, do Medem. Os filmes dele sempre me tocam profundamente, seja pelas cenas visualmente lindas ou pelos significados das coisas aparentemente sem sentido nenhum dos filmes (em Caótica Ana ele pesou a mão, mas gosto mesmo assim). Esquilo é sobre as tentativas de fuga, sobre inventar uma nova vida pra esquecer o passado, sobre tudo aquilo que inventamos para os outros e para nós mesmos pelo medo, pela solidão, pela necessidade de afeto, sobre a possibilidade de ser completamente desconhecido para o outro e sobre o silêncio diante de uma vida falsa.
Viver em amnésia é, antes de mais nada, um esquecer a si mesmo.

Nenhum comentário: