sábado, 27 de junho de 2009

Fingindo ser o que eu já sou

Agora inicio a repetição de: para não ficar à margem dos outros não se pode jamais ficar à margem de si mesma.
Preciso da minha calmaria habitual, preciso do meu deslumbramento pelo que ninguém vê, preciso da minha solidão e tédio, preciso da grande quantidade de filmes que costumava ver, preciso estudar como quem está sempre às vésperas da prova, preciso não mais fechar os olhos pro que me incomoda e não mais maldizer o dom de ver através do que me mostram, preciso cuidar de mim. Mas pra isso, preciso antes me re-encontrar, se é que me perdi. Na verdade a sensação que eu tenho é como se eu mesma me observasse mas não me reconhecesse, como naquele poema da Cecília Meireles.
Se você está aí, Eu, por favor, entre logo, nem sequer precisa bater.

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