
Chorei vendo o vídeo da atual queridinha Susan Boyle. A feiosa e solitária mulher que com 47 anos nunca foi beijada conseguiu fazer o mundo se emocionar com a sua voz. Foi um desses casos em que a feiúra contribuiu para o sucesso. Não estou negando o talento da britânica, sua voz é realmente absurda, mas a estranheza que ela causa no começo com sua aparência desajeitada torna o talento uma espécie de elemento surpresa, e tudo que surpreende se torna mais especial e tocante. Andei pensando nas minhas crises de baixa auto-estima, em todos aqueles dias que me recuso a tirar o pijama, pentear os cabelos e comer algo que não contenha mais de 500 kcal. Andei pensando em quão injustificáveis e inúteis elas são, em como é bobo se entregar assim àquilo que te machuca ao invés de tentar se sentir melhor. Não digo isso por ter visto Susan Boyle e pensado que sou mais bonita que ela. Digo porque Susan me fez ver que, mesmo quando tudo parece estar totalmente errado, sempre se pode cantar.
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