4 horas da manhã, B. está insone. Com a intenção de regular meu sono tenho dormido mais cedo, mas sempre acordo ainda de madrugada e inicio uma série de rituais pra ver se durmo de novo, Obviamente, não funciona, e fico o dia me arrastando. Ao mesmo tempo que preciso de noites bem dormidas de sono pra manter meu humor, não consigo dormir muito, mesmo quando tenho tempo pra isso.
Ia continuar falando da minha insônia, postar um trecho do Machadão, aliás, já que citei, aí está:
“A insônia, musa de olhos arregalados, não me deixou dormir uma longa hora ou duas; as cócegas pediam-me unhas, e eu coçava-me com alma.”
Enfim, ia prosseguir falando da musa até que, procurando fotos, decidi falar de outra musa: a Audrey. Hoje saí com uns amigos, fomos a um café cuja decoração é basicamente quadros de filmes, bandas e cultura pop em geral. Reclamei a falta de um quadro da Audrey ali, falei que naquele momento precisava de um quadro dela pra me acalmar, e ninguém entendeu nada. Explicarei: gosto da Audrey por diversos motivos, mas o que me faz ser tão Hepburnizete é o efeito que ela causa em mim. Ver uma foto, um filme, ler algo sobre ela ou simplesmente lembrar do seu rosto me acalma, me conforta, me deixa mais serena. Audrey está para mim assim como Tiffany's está para Holly, a solução dos meus mean reds, desde o primeiro momento.
Decidi, então, ver meu livro preferido, presente de uma querida amiga também fã da Audrey (e de quem também sou fã), me acalmar e dormir. Com uma companhia calma e elegante como essa, nada de ruim pode acontecer.
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