Haja hoje para tanto ontem
Não sou supersticiosa. Não comi uvas (ou romãs?) nem pularia sete ondas se na praia tivesse, mas como uma amiga tava distribuindo pulseirinhas coloridas, cada uma representando algo, usei-as. Não sabia muito bem o que escolher, não tava preparada pra chegar e ter que responder se preferia amor, dinheiro ou saúde, precisaria de horas de reflexão pra isso, então peguei uma de cada, bem carnavalesco, ficou pavoroso mas melhor arriscar com todas pra ver se pelo menos uma funciona. Tenho estrutura óssea de criança de 11 anos, já disse mil vezes isso aqui, então fui perdendo as pulseiras mais larguinhas aos poucos, na seguinte ordem: amarela, rosa, verde. Respectivamente, dinheiro, amor e esperança. Brinquei que realmente, quando se perde dinheiro e amor, a esperança também vai embora. Depois lembrei que perdi todas antes da virada, então talvez não seja premonição do ano seguinte mas sim um resumo cromático de 2008, bem coerente, por sinal. Não empobreci mas não enriqueci, continuarei indo pro colégio, não iniciei minha vida acadêmica menos ainda a profisional, ou seja, mesada por pelo menos mais 7 anos. Amor, ah, l'amour toujours l'amour , conseguiu ser ainda mais preocupante em 2008 do que o dinheiro, existindo somente em pequenas doses aqui ou lá, sendo o saldo final obviamente negativo. Como vemos, não é preciso falar da esperança.Qual é a cor da não-dor?
2 comentários:
Ahhh, o verão...
Nem gostei tanto desse filme, esperava mais, gostei do verão, though. Algumas cenas bonitas como essa.
Minha mãe veio com papinho de uva ontem, obviamente ignorei, mas rolou incenso fedorento e litros de alfazema que ela jogou em mim, tô fedendo até agora. Quando tô em cidade com praia dou uma passadinha lá, não na hora do tumulto, claro, no dia seguinte, ou melhor, no aniversário de Bê Bê Ô, minha mãe diz que não é bom ir no dia seguinte, que tá tudo lá ainda, sei lá, no fundo sigo todas as mandingas maternas, haha, instintivamente.
Ano passado fui com minha amiga bela adormecida de banheiro jogar minha rosinha em Copacabana, não pulei ondinhas, mas fiz pedido (abstrato).
Esse papo cromático me fez ouvir Rai das Cores (aliás, se você souber me explicar o título), bom, genitora não conseguiu me convencer a trocar de roupa, passei de pijama, o pijama que usei a semana toda, branco e rosa, no meio do peito tem 2 passarinhos (or something) e um coração. Calcinha branca.
Calcinha velha comprada em 2008, branca quase surradinha. Essa coisa de calcinha nova, colorida nunca adiantou comigo.
Vi uma menina na festa que eu estava, vestida toda de preto, linda, alta e loira. Fiquei pensando: essa aí pode passar de roxo, com roupa velha que certamente não vão faltar pretendentes o ano inteiro. Me deu até vontade de passar de preto.
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