
Eu, garotinha discreta anti-dourado e jóias/bijuterias escadalosas em geral que sempre fui nunca consegui gostar de relógios. Ou era uma coisa bizarra de plástico, cronômetro e essas trenhadas que pra mim não tem utilidade ou pareciam que iam fazer meu braço cair. Até me apaixonar por um Ck extremamente discreto e levinho, e comprar. Não tirava o relógio por nada, iria comigo do colégio a balada se pra balada eu fosse, nunca ia, mas enfim, só pra ilustrar. E de tanto usar aquele ser era parte de mim, nem sentia mais quando estava no meu braço ou deixava de estar, e adorava o fato de nunca ter visto ninguém usando um igual. Um dia saí pra jantar com minha irmã e meu cunhado em um café aqui e começou uma briga estranhíssima, um mendigo roubou uns garotos que resolveram revidar, e o mendigo quis se esconder no café. Só no outro dia me dei conta de que oi? Cadê meu relógioan?
Procurei o belo até na Europa, tava facinha, pagaria até com o corpo. Desisti. E hoje fui comprar outro toda pimpona, tava até provando uns modelos diferentes, me conformando, quando conto a trágica história e a moça da loja se lembra que tinha três modelos de Ck perdidos, que sairam de linha mas que estavam por ali. Um deles era o meu, meu relógio preferido, quiçá, a última peça daquele modelo on earth, já que não foi encontrado na Alemanha, na França, na Espanha, na Inglaterra e na Irlanda. A moça dá loja, apesar de comovida com a minha fidelidade ao relógio (perdi há mais de um ano e não comprei outro), não entendeu porque eu preferi aquele ao invés de um Tissot bonitão, bem mais elegante que minha mãe estava disposta a me dar. Mas sabe essas coisas que o dinheiro não compra? Pois é.
2 comentários:
Engraçado, eu também não gostava de relógios, mas aí passei a usar e se saio de casa sem um me perco, literalmente. :)
Não tenho 'amor' por um só, mas tem um que foi meu primeiro e por isso é mais queridinho, rs.
me deu até vontade de comprar um relógio.
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