Sempre guiei a minha vida através do "porque sim", naquele pessimismo de sempre. Não acreditava que poderia conseguir e desistia antes de tentar, sendo que na verdade era puro medo de falhar, ainda que não admitisse. É mais fácil fugir do problema, dizer que não tenta porque sim do que encarar. E ultimamente, coisas tão pequenas mas agradáveis ao extremo andam me fazendo mudar de atitude e de frase: "por que não?!". E assim vou descobrindo que posso ser muito mais feliz tentando, me permitindo sair da rotina quando ela implora por ser ignorada, e me permitindo ser aquilo que é muito mais simples do que parece: feliz, otimista e segura, sem deixar a felicidade se tornar irritante (http://www.orkut.com.br/Community.aspx?cmm=7128407), nem o otimismo e a segurança me cegarem, e sem deixar de ser quem eu sou. Aliás, esse é o princípio número um da minha nova fase cafona eu-quero-é-ser-feliz-antes-de-mais-nada: ser eu mesma, não importa o que aconteça, mas me permitindo mudar quando necessário. Menti. O que tem mudado a minha vida não é ser eu mesma, é a permissão que me dei de presente de ser feliz, mesmo assim errada, mesmo assim paranóica, mesmo com todos os defeitos que sei que tenho e com tudo aquilo que ainda vai dar errado. É só fluir, não é? "Não, ela não era tola. Mas como quem não desiste de anjos, fadas, cegonhas com bebês, ilhas gregas e happy ends cinderelescos, ela queria acreditar."
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