Dei pra maldizer o nosso lar
Pra sujar teu nome, te humilhar
E me vingar a qualquer preço
Te adorando pelo avesso
Pra mostrar que inda sou tua
Só pra provar que inda sou tua...
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Ontem assisti pela primeira vez Adèle H., motivada em partes pelo diretor, em outras pela atriz mas principalmente pelo último filme que mexeu de verdade comigo: O Passado. Claro que nesse tempo todo acabei assistindo a outras coisas e gostando de muitas, mas o filme do Babenco e seus personagens, assim como o livro do Alan Pauls no qual o filme foi baseado, me tocaram profunda e intensamente. E sou uma cinéfila egocêntrica, filme bom é filme que eu gosto e pronto. Claro que tem vários filmes que eu admiro e considero a importância, mas pra se tornar um preferido meu tem que me tocar. Minha cinefilia é cheia de pessoalidade, cheia de filmes com os quais me identifico direta ou indiretamente. Resumindo: filme bom pra mim tem que mudar a minha vida de algum jeito. E é essa a função maior da arte: mudar a nossa vida sutilmente e deixar ela menos amarga, de certa forma.
E mesmo assim, mesmo com a minha preferência por O Passado, devo admitir que Adèle ultrapassa todas as outras passionais do cinema e se encontra num patamar poético que mais nenhuma é capaz de atingir.
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